quinta-feira, 14 de julho de 2011

Dica de português!

"Quando se pretende (ou se pretendem?) avaliar os efeitos..." - Continuação 1Por Dílson Catarino



Alugam-se casas; Compra-se carro batido; Estão-se transferindo os presos.



Quando o "se" for partícula apassivadora, a oração estará na voz passiva. A maneira mais fácil de saber se há PA é transformando a oração em passiva analítica:



Alugam-se casas = Casas são alugadas por alguém; Compra-se carro batido = Carro batido é comprado por alguém; Estão-se transferindo os presos = Os presos estão sendo transferindo por alguém.



Será Índice de Indeterminação do Sujeito quando acompanhar verbo transitivo indireto com objeto indireto, verbo de ligação com a qualidade do sujeito, verbo transitivo direto com complemento preposicionado ou verbo intransitivo sem sujeito claro. Nesses casos, o verbo ficará sempre na terceira pessoa do singular:



Precisa-se de empregadas; Aqui se é feliz; Ama-se a Deus; Paraná, aqui se trabalha.



Voltemos agora à frase apresentada: Quando se pretende (ou se pretendem?) avaliar os efeitos de uma decisão, deve-se (ou devem-se?) avaliar primeiramente os motivos dessa decisão.



Ambas as estruturas verbais possuem dois verbos: "pretende avaliar" e "deve avaliar". Quando houver dois ou mais verbos, indicando apenas um fato ou somente qualidade do sujeito, há o que chamamos de locução verbal, como ocorreu na frase "Estão-se transferindo os presos". Há dois verbos indicando apenas uma ação - transferir. A locução verbal deve ser analisada como se analisa um verbo isolado. Por exemplo:



"O diretor acompanhou o desenvolvimento dos trabalhos".
-Verbo: "acompanhou";
-Sujeito: Quem acompanhou? Resp.: o diretor;
-Predicação verbal: acompanhou algo: verbo transitivo direto;
-Complemento verbal: acompanhou o quê?: "o desenvolvimento dos trabalhos" = objeto direto.


"O diretor tem acompanhado o desenvolvimento dos trabalhos".
-Locução verbal: "tem acompanhado";
-Sujeito: Quem tem acompanhado? Resp.: o diretor;
-Predicação verbal: tem acompanhado algo: locução verbal transitiva direta;
-Complemento verbal: acompanhado o quê? "o desenvolvimento dos trabalhos = objeto direto.

A primeira estrutura verbal da frase apresentada não forma uma locução, já que há dois verbos indicando dois fatos: "pretender" e "avaliar". A segunda estrutura verbal forma uma locução verbal, já que "dever" não é um fato isolado, tendo, portanto, dois verbos indicando um fato só: o de avaliar.



A segunda frase, então, será assim analisada:



"...deve-se avaliar primeiramente os motivos dessa decisão".
-Locução verbal: deve avaliar;
-Predicação verbal: deve avaliar algo: locução verbal transitiva direta;
-Complemento verbal: deve avaliar o quê? "os motivos dessa decisão": complemento não preposicionado.

Continue lendo >>

quarta-feira, 13 de julho de 2011

Livramento de Nossa Senhora: Conheça o túmulo do Faraó do Sertão

Em Livramento de Nossa Senhora, no Sudoeste Baiano, Francisco Tanajura, conhecido como o Faraó do Sertão, construiu um túmulo gigante, em forma de castelo, onde quer ser enterrado. Reveja a matéria a reportagem de Judson Almeida Edirlei Pereira, exibida na TV Sudoeste – Rede Bahia / Rede Globo em 2003.


Continue lendo >>

segunda-feira, 11 de julho de 2011

Dica de português!

Ascensão se escreve com S
Por Thaís Nicoleti



Quem escreve vez ou outra se depara com a dúvida de ortografia: “x” ou “ch”, “s”, “ss” ou “ç” e por aí afora. É claro que os corretores ortográficos são de grande valia nesses momentos, pois eles contêm a lista das grafias consideradas corretas, portanto são capazes de identificar formas erradas (ou inexistentes em sua base de dados) e sugerir a correção.

Ainda assim, não é bom depender totalmente desse expediente. Às vezes, um pouco de atenção às regularidades da escrita ajuda muito. Não seria muito difícil evitar um erro como o seguinte:

“Atividades circenses estão em ascenção”

Vejamos por quê. De modo geral, os verbos terminados em “-nder” dão origem a substantivos terminados em “-nsão”. É esse o caso de “ascensão”, da mesma raiz de “ascender”. Portanto o correto seria dizer que as

Atividades circenses estão em ascensão

São correlatos “pretender” e “pretensão”, “propender e propensão”, “depreender e depreensão”, “reprender e repreensão”, “apreender e apreensão”, “suspender e suspensão”, “compreender e compreensão”, “distender e distensão” e “estender e extensão” (assim mesmo, o verbo com “s” e o substantivo com “x”). Observar isso pode ajudar.

Continue lendo >>

sexta-feira, 8 de julho de 2011

Dica de português!!!!

Onde e preposições
Por Thaís Nicoleti



Onde, aonde, de onde, para onde, por onde. O que estabelece o uso de cada uma dessas formas é a regência (verbal ou nominal). Em outras palavras, é preciso observar o contexto, as relações entre os termos da oração.


No fragmento abaixo, houve um equívoco no emprego do “onde”:


“Os aviões decolaram da base aérea grega de Sue, na ilha de Creta, para onde "em breve" chegarão novos aviões catarianos.”


A palavra “onde”, que, no período em questão, funciona como pronome relativo, retoma a expressão “na ilha de Creta”. A preposição que antecede o “onde” é regida pelo verbo “chegar”, pois os novos aviões chegarão à ilha de Creta. Ora, se os aviões chegarão a Creta, é a preposição “a” (não “para”) que deve anteceder o “onde”. Assim:


Os aviões decolaram da base aérea grega de Sue, na ilha de Creta, aonde "em breve" chegarão novos aviões catarianos.


Observe-se que a preposição “a” se junta ao “onde”, diferentemente das demais. A preposição “de” pode aglutinar-se ao “onde” (“donde”) ou simplesmente antecedê-lo (“de onde”). Veja alguns exemplos:


Aonde você quer chegar?

De onde/ Donde você vem?

Por onde você vai passar?

Para onde vai este país?

Onde vamos parar?

Continue lendo >>

Essa tal Liberdade

Continue lendo >>

quinta-feira, 7 de julho de 2011

Atenção Professores!!!! Chamada Pública - Rede Anísio Teixeira




O Instituto Anísio Teixeira convida profissionais, de diversas áreas, a se inscrever no sistema Educar para poder trabalhar em projetos desenvolvidos pela Rede Anísio Teixeira a partir do segundo semestre de 2011.




GOVERNO DO ESTADO DA BAHIA
SECRETARIA DE EDUCAÇÃO
INSTITUTO ANÍSIO TEIXEIRA


CHAMADA PÚBLICA DE PROFISSIONAIS PARA ATUAÇÃO EM
PROJETOS DA REDE ANÍSIO TEIXEIRA


O Instituto Anísio Teixeira, por meio desta chamada pública, convida profissionais para trabalhar em projetos desenvolvidos pela Rede Anísio Teixeira a partir do segundo semestre de 2011.

1. OBJETIVO
Desenvolver projetos de inovação tecnológica e produção de mídias educacionais realizados pela Rede Anísio Teixeira.

2. ÁREAS CONTEMPLADAS
Os projetos da Rede Anísio Teixeira carecem de profissionais das seguintes áreas:
- Matemática,
- Língua portuguesa,
- Química,
- Biologia,
- Física,
- Roteiro,
- Edição de áudio e vídeo (software livre),
- Flash,
- Webdesign (software livre)

3. REQUISITOS
Os profissionais precisam possuir, no mínimo, a graduação, comprovar formação e experiência em Educação e Tecnologias, e ter disponibilidade de 20 horas semanais para atuar no território de identidade - Salvador.

4. INSCRIÇÕES
Para participar da seleção, os profissionais devem inscrever-se no Sistema de Credenciamento de Profissionais da Educação – Educar através do endereço http://educar.sec.ba.gov.br/educar/.

Continue lendo >>

Dicas de português!!!!!

Custou para mim ou para eu acreditar?Por Dílson Catarino

Custou para eu acreditar nela.

Apesar de o Word corrigir a frase "Custou para mim acreditar nela" para "Custou para eu acreditar nela", o uso de mim está adequado ao padrão culto da língua. O pronome eu exerce a função sintática de sujeito. Para se descobrir qual o sujeito de um verbo, basta ao aluno perguntar a ele: "Que(m) é que .......?" Por exemplo:


Eu fiz o trabalho ontem.
Pergunta: Quem é que fez o trabalho ontem?
Resposta: eu = sujeito do verbo fazer.

Façamos o mesmo exemplo com a frase apresentada:

Basta para mim ter Teté ao meu lado.
Há dois verbos: bastar e ter. Analisemos o verbo bastar:
Pergunta: Que é que basta?
Resposta: ter Teté ao meu lado = sujeito do verbo bastar.

Observe que o sujeito do verbo bastar é uma oração, pois onde houver verbo haverá uma oração. O sujeito representado por uma oração se chama oração subordinada substantiva subjetiva (OSSS).

Num período, há a chamada ordem direta, que é a colocação do sujeito no início da oração, com o verbo logo após ele. Se a frase apresentada for escrita em ordem direta, ou seja, se a oração subordinada substantiva subjetiva iniciar o período, haverá a seguinte frase: "Ter Teté ao meu lado basta para mim". Percebeu como o adequado é usar mim mesmo?

Para mim basta ter Teté ao meu lado.Ter Teté ao meu lado basta para mim.Para mim, ter Teté ao meu lado basta. [a vírgula é optativa]Basta para mim ter Teté ao meu lado.

Sempre que houver bastar, custar, faltar ou restar e, no mesmo período, houver outro verbo no infinitivo, este não poderá ser flexionado, ou seja, sempre ficará invariável. Veja alguns exemplos:

Basta para os alunos estudar todos os dias.Basta para eles estudar todos os dias.Basta para nós estudar todos os dias.

Isso ocorre porque os alunos, eles e nós não exercem a função de sujeito de estudar, e sim a de complemento do verbo bastar (objeto indireto).

A frase apresentada, portanto, deve ser assim corrigida:

Custou para mim acreditar nela.

Continue lendo >>

Seguidores

  ©Template by Dicas Blogger.

TOPO