sábado, 30 de julho de 2011

Dica de português!

Ortografia: quando usar "ç"
Por Dílson Catarino



Ortografia, cujo significado é escrever direito, é um dos assuntos mais temidos pelos jovens estudantes em virtude do número de regras existentes. É-lhes difícil memorizar a todas, pois não leem muito nem escrevem sistematicamente, dois dos principais segredos para aprender a escrever as palavras adequadamente.

Quem tem o hábito de realizar boas leituras e de escrever ao menos um texto por semana aprende com mais facilidade a arte de escrever corretamente, se aliar a isso consultas constantes a dicionários de boa qualidade.
A intenção, no texto de hoje e em outros das próximas semanas, é apresentar algumas dicas que ajudam a memorizar regras de ortografia. Isso será realizado por meio de frases com palavras em que conste a mesma letra. Vamos à primeira:
"Uma das intenções da casa de detenção é levar os que cometeram graves infrações a alcançar a introspecção, por intermédio da reeducação."
Nessa frase, há seis palavras escritas com Ç: intenções, detenção, infrações, alcançar, introspecção e reeducação. As regras quanto ao uso do Ç são as seguintes:
1- Usa-se Ç em palavras derivadas de vocábulos terminados em -TO, -TOR e -TIVO. Por exemplo:
Canto - canção
Ereto - ereção
Conjunto - conjunção
Infrator - infração
Setor - seção
Condutor - condução
Relativo - relação
Intuitivo - intuição
Ativo - ação
Três palavras da frase apresentada obedecem a essa regra:
Intento - intenção
Infrator - infração
Introspectivo - introspecção
2- Usa-se Ç em substantivos terminados em -TENÇÃO derivados de verbos terminados em -TER:
Conter - contenção
Manter - manutenção
Reter - retenção
Deter - detenção
3- Usa-se Ç em verbos terminados em -ÇAR cujo substantivo equivalente seja terminado em -CE ou em -ÇO:
Lance - lançar
Desenlace - desenlaçar
Abraço - abraçar
Endereço - endereçar
Almoço - almoçar
Uma palavra da frase apresentada obedece a essa regra:
Alcance - alcançar

4- Usa-se Ç em substantivos terminados em -ÇÃO derivados de verbos de que se retirou a letra R:
Exportar - exportação
Abdicar - abdicação
Abreviar - abreviação
Uma palavra da frase apresentada obedece a essa regra:
Educar - educação

O estudo da ortografia exige atenção de quem escreve. É necessário realizar as analogias entre palavras. Ao escrever um vocábulo, ter a ciência de que ele proveio de outro, o que nos obriga a escrevê-lo de determinada maneira, e não de outra. É preciso paciência. Só aprende a escrever adequadamente quem treina sistematicamente. Portanto, leitor, mãos à obra!

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quinta-feira, 28 de julho de 2011

INFORMATIVO CEDOCA

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quarta-feira, 27 de julho de 2011

FACE E TAL





Atenção galera do CEDOCA!!!!!!!!
Esta chegando a hora de mais um festival.

As inscrições já estão abertas.





Participem!

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Português..!

Verbo, substantivo e casos de ambiguidade
Por Dílson Catarino

"Papa pede reconciliação de fé e política"
Segundo a agência de notícias Folhapress, o Papa Bento XVI disse, na França, quando discursou ao lado do presidente francês, Nicolas Sarkozy, que a religião e a política devem estar abertas uma para outra. Para o Papa, é necessário se tornar mais ciente do papel insubstituível da religião na formação de consciências e na criação de um consenso ético básico dentro da sociedade.

Há, porém, na França, uma estrita separação entre a Igreja e o Estado, por isso o pedido de reconciliação. O nosso assunto, no entanto, não é religião nem política, e sim gramática portuguesa. O mote deste texto é o título do artigo: "Papa pede reconciliação de fé e política", que contém o substantivo reconciliação, cujo significado é ato de reconciliar(-se), que, por sua vez, significa estabelecer a paz entre duas partes, fazer as pazes, congraçar(-se), harmonizar(-se), conciliar(-se). O uso de (-se) indica que o verbo pode ser pronominal: reconciliar ou reconciliar-se.

Quando li o título, senti certo estranhamento, mas entendi o que o autor quis transmitir: o Papa pediu que voltasse a haver, na França, harmonia entre a Igreja e o Estado. A comunicação foi efetivada, portanto, satisfatoriamente. Por que, então, o estranhamento? Explico: eu, professor de gramática da língua portuguesa (ou fiscal da gramática, como já me chamaram no blog coletivo Tipos), sempre estou atento aos mínimos detalhes gramaticais de tudo o que leio.

Notei que a conjunção poderia causar duplo sentido à oração, pois o Papa poderia ter pedido duas coisas: "reconciliação de fé" e "política". Na frase apresentada, reconheço que foi absurdo pensar isso, mas em outras construções com o mesmo verbo e com o mesmo substantivo, a ambiguidade pode de fato ocorrer. Por isso, deve-se usar com muita atenção tal conjunção.

Li mais atentamente o título, analisei sintaticamente o período e constatei que o problema residia no substantivo reconciliação. Vamos analisá-lo com mais profundidade. Antes, porém, quero esclarecer que a minha intenção não é corrigir o autor da frase, mas alertar o leitor quanto ao uso da variedade linguística adotada como norma institucionalizada, principalmente aqueles que se submeterão a algum concurso que exija o uso da língua padrão.

Vamos lá, então: segundo o Dicionário Prático de Regência Nominal, de Celso Pedro Luft, da Editora Ática, o substantivo abstrato reconciliação admite o uso das seguintes preposições:

1. de (ou entre): estabelecer a reconciliação de pessoas, umas com as outras ou entre si. Nesse caso, o substantivo regido pela preposição de tem de estar no plural: Por exemplo: "os ministros entraram em desavença. É responsabilidade do Presidente estabelecer a reconciliação deles (ou entre eles)".

2. com: estabelecer a reconciliação com alguém. Por exemplo: "a Bolívia entrou em conflito com os Estados Unidos. Seria inteligente que os bolivianos procurassem estabelecer a reconciliação com os estado-unidenses". Estado-unidense é o adjetivo relativo aos Estados Unidos, segundo o dicionário Houaiss. O Aurélio registra o adjetivo estadunidense.

Mais Exemplo
Verbo, substantivo e casos de ambiguidade - Continuação

3. entre ... e: estabelecer a reconciliação entre uma coisa e outra (ou entre uma pessoa e outra). Por exemplo: "é preciso estabelecer a reconciliação entre os bolivianos e os estadunidenses".

4. de ... com: estabelecer a reconciliação de uma coisa com outra (ou de uma pessoa com outra). Por exemplo: "o Presidente Lula tentará estabelecer a reconciliação dos bolivianos com os norte-americanos".

A frase usada como título do artigo "Papa pede reconciliação de fé e política" está, portanto, inadequada à língua padrão. Se o autor da frase quisesse usar o substantivo reconciliação segundo a variedade linguística adotada como norma institucionalizada, deveria optar por "entre ... e" ou por "de ... com", e não por "de ... e":

Papa pede reconciliação de fé com política.Papa pede reconciliação entre fé e política.

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domingo, 24 de julho de 2011

Dica de português!

Os significados de uma ofensa
Por Dílson Catarino

Toda ofensa representa uma injúria.

Um ex-aluno disse-me ter lido uma explicação sobre a palavra ofensa, que atenuava o significado dela. Pediu-me que lhe explicasse se isso é possível. Uso este espaço para lhe dar a resposta:

Caro ex-aluno, o substantivo ofensa tem vários significados. Quase todos parecidos uns com os outros. Há, porém, alguns que nos levam a sentidos completamente diversos. Vejamos:

O primeiro significado da palavra apresentada é injúria, que é o ato de injuriar. Injuriar, por sua vez, significa ofender por ação ou dito infamante, adjetivo que nos remete à acepção de dar má fama a alguém. Ou seja, haverá a injúria quando o sujeito da ação tiver a intenção de tornar público algo - inverídico - que não seja conhecido por todos.

Por exemplo, se chamarmos de corrupto um cidadão honesto, haverá a injúria. Essa é a acepção de ofensa que usamos costumeiramente em nosso país e que pode, inclusive, ser objeto de processo jurídico (advogados e estudantes de direito, não sei se esses são os termos adequados para isso - só me quis fazer entender).

Outro significado de ofensa, porém, é afronta, que nos remete ao sentido de afrontar, confrontar, enfrentar. Muitas vezes, quando há o confronto, quando há o enfrentamento, palavras pesadas são usadas.

Estas, no entanto, podem ser um rechaço, ou seja, a tentativa de o sujeito fazer seu oponente retroceder, opondo resistência a ele por meio de palavras supostamente ofensivas, uma vez que tenha sido vexado por ele. Seria uma espécie de autodefesa, a fim de levar seu adversário ao esgotamento. Este é o significado tênue de ofensa.

Por exemplo, se chamarmos de ignorante, em um confrontamento, um cidadão comprovadamente falto de inteligência, haverá a afronta, mas não haverá a injúria. São duas acepções bem diferentes.

O cidadão ofendido, nesse segundo caso, não pode se sentir injustiçado, posto que o que foi dito está conforme a realidade. Ele deve, sim, procurar saber qual a intenção da pessoa que supostamente o ofendeu e também analisar o que praticou antes de ser ofendido.

Aí está a explicação. Espero que tenha sido clara.
A frase apresentada, portanto, está inadequada. Corrigindo-a:

Nem toda ofensa representa uma injúria.

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sexta-feira, 22 de julho de 2011

Conservatório seleciona alunos para curso de violão

O Conservatório Municipal de Música disponibiliza vagas para o curso de violão avançado, voltado para pessoas que já tocam o instrumento. As aulas são direcionadas para pessoas que têm conhecimento básico em teoria musical, com o objetivo de aprimorá-lo.

Os interessados deverão se dirigir ao Conservatório portando os documentos de identificação nesta segunda (25), pela manhã, e na terça (26), no turno vespertino. As vagas são limitadas.

O Conservatório está localizado na Rua Genésio Porto, 10, bairro Recreio. Mais informações podem ser obtidas por meio do telefone 3422-8144.  

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quinta-feira, 21 de julho de 2011

Continuação

Como uma vírgula acabou com um namoro no dia dos namorados - Continuação
Por Dílson Catarino

Fico agora a pensar: cada vez que me chamava de princesa, sua mente produzia princeza? Não. É demais para mim. Não suporto tal provação. E a traição? Como a descobri? Você mesmo se delatou: '...minha namorada Austereza'. Assim escreveu você; sem vírgula. Assim escolheu me mostrar que tem outra namorada. Não teve coragem de me contar pessoalmente, contou-me por subterfúgio, e eu entendi.

Ao não colocar vírgula entre meu nome e o substantivo que ele especifica, mostrou-me que não sou a única. Se o fosse, ter-me-ia escrito '...minha namorada, Austeresa', com vírgula. Muito perspicaz foi você, dar-me a conhecer uma situação por meios gramaticais: substantivo próprio que especifica substantivo comum, sem vírgula entre eles, restringe, ou seja, há mais de um: 'Professora Austeresa', sem vírgula, pois não sou a única professora, há muitas; mas substantivo próprio que especifica substantivo comum, com vírgula entre eles, explica, ou seja, só há um: '...minha namorada, Austeresa', com vírgula; eu seria a única, mas não o sou; sei-o agora.

Aliás, nem me importo mais com o namoro. Mesmo não havendo a traição, não quero mais tê-lo como namorado, pois dois erros de português em uma única frase cometidos por um 'professor de português' é demais para mim. Adeus."

Nota do autor: Isto nem Austeresa atinou: o substantivo telo, na cidade de Beira, em Moçambique, é usado como sinônimo de jumento; e alonso, em uso informal, significa parvo, tolo, pateta.

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Dica de português!

Como uma vírgula acabou com um namoro no dia dos namorados
Por Dílson Catarino

Conta-se que, em Palmeirinha do Vale, cidade de dezessete mil viventes, que se situa perto de Santana do Arrebol do Oeste, havia uma professora de português, extremamente rígida, de nome Austeresa de Jesus. Ela era de tal modo rigorosa para com os alunos que estes temiam encontrá-la mesmo no dia a dia, na praça central, na mercearia, na farmácia.
Dizem que ela interpelava seus pequenos educandos, estivessem onde estivessem, sobre as mais variadas regras gramaticais. Ai de quem não soubesse a resposta: ela sacava seu caderninho rosa, anotava o nome da vítima, a pergunta que lhe fizera, a resposta dada --ou a falta dela-- e o quanto valia relativamente à nota escolar.

Dependendo do grau de dificuldade da pergunta, ela diminuía 0,1, 0,2 ou 0,5 da nota que o aluno tirasse na prova seguinte. Era um suplício para as pobres crianças palmeirinhenses.

Quando Austeresa era jovem, enamorou-se de um belo rapaz, também professor de português, de nome Telos Alonso. Ele, porém, não tinha a mesma capacidade intelectiva dela nem a mesma habilidade em sala de aula nem a mesma rigidez. Era um moleirão a bem dizer, que nem gostava muito de estudos aprofundados. As maldizentes até comentavam que ele não era homem para uma mulher como Austezinha, como a chamavam carinhosamente.

O namoro entre eles durou exatamente onze meses e vinte e sete dias. O estopim para o término do relacionamento foi um cartão que ele lhe mandara no dia dos namorados em que escrevera "Para a minha namorada Austereza de Jesus". Ao ler esses dizeres, quase teve uma síncope; chegou a perder o juízo. Pegou de uma caneta e imediatamente escreveu-lhe uma pequena carta, em que dizia:

"Telos Alonso, é de conhecimento geral em Palmeirinha que tolero os maiores sofrimentos, que suporto as maiores provações. É, no entanto, também comentário corrente que há duas situações que jamais enfrentarei: traição e erro gramatical. E você, meu ex-amado, acabou de cometer ambos: você, professor de português, sabe muito bem que os nomes próprios femininos formados pela posposição do sufixo -esa ao radical se escrevem com S, não com Z.

Como meu namorado há quase um ano ainda erra meu nome, trocando letras? Não me importo tanto pelo erro de meu nome, mas importo-me --e muito-- com o trocar letras. Poderia ter-me chamado de Austerise; não me atenazaria tanto, pois teria usado as letras adequadas: nomes femininos terminados em -ise se escrevem com S, como Denise e Anelise; mas ignorar que se escrevem com -ês e -esa nomes de pessoas, como Inês, Teresa e o meu, logicamente, Austeresa, adjetivos pátrios, como português e portuguesa, e títulos sociais ou nobiliárquicos, como camponês e camponesa, marquês e marquesa e ainda princesa, a maneira como me tratava, é demais para mim.

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segunda-feira, 18 de julho de 2011

Mais dica de portugês!!!

"Premiê quer descriminar a posse e o cultivo de maconha"Por Dílson Catarino


"Premiê quer descriminar a posse e o cultivo de maconha."

Um internauta interessado no estudo da língua portuguesa enviou-me um e-mail, perguntando se a frase não deveria ser estruturada com o verbo "discriminar" no lugar de "descriminar".

A resposta é não, já que "discriminar" significa "perceber diferenças, distinguir, discernir", como em "Ele não consegue discriminar o certo do errado".

O verbo "descriminar" tem o mesmo sentido de "descriminalizar", ou seja, "isentar de culpa, absolver, tornar evidente a ausência de crime ou contravenção", como em "O advogado não conseguiu descriminar seu cliente".

Denominamos as palavras que são muito parecidas na escrita de parônimas. Deve-se tomar muito cuidado ao escrever essas palavras para não se cometer inadequação. Veja mais alguns exemplos de palavras parônimas:

arrear = pôr arreios

arriar = abaixar

amoral = indiferente à moral

imoral = contra a moral, libertino, devasso

comprimento = extensão

cumprimento = saudação

conjetura = suposição, hipótese

conjuntura = situação, circunstância

deferir = conceder

diferir = adiar

descrição = representação

discrição = ato de ser discreto

despensa = compartimento

dispensa = desobrigação

despercebido = sem atenção, desatento

desapercebido = desprevenido

discente = relativo a alunos

docente = relativo a professores

emergir = vir à tona

imergir = mergulhar

emigrante = o que sai

imigrante = o que entra

eminente = nobre, alto, excelente

iminente = prestes a acontecer

infligir = aplicar pena ou castigo

infringir = transgredir, violar, desrespeitar

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quinta-feira, 14 de julho de 2011

Dica de português 2!

"Quando se pretende (ou se pretendem?) avaliar os efeitos..."Por Dílson Catarino



"Quando se pretende avaliar os efeitos de uma decisão, deve-se avaliar primeiramente os motivos dessa decisão."



Essa frase seria perfeita num exame vestibular, pois cobra do estudante o conhecimento de uma das matérias da Gramática da Língua Portuguesa mais temidas por qualquer brasileiro que necessita escrever um texto: concordância verbal.



Perceba que há duas estruturas verbais muito parecidas: "se pretende avaliar" (ou "se pretendem avaliar") e "deve-se avaliar" (ou "devem-se avaliar"). Para saber como efetivar a concordância, deve-se ter conhecimento de análise sintática. Vamos à teoria:



O pronome "se" exerce várias funções sintáticas em uma oração. Ele pode ser Parte Integrante do Verbo, Objeto Direto, Objeto Indireto, Partícula Expletiva, Índice de Indeterminação do Sujeito e Partícula Apassivadora.



Será denominado Parte Integrante do Verbo quando acompanhar verbo pronominal, que é aquele que não dispensa o pronome em hipótese alguma. Como exemplo, os verbos arrepender-se, zangar-se, queixar-se e abster-se. Cada pessoa (eu, tu, ele, nós, vós, eles) tem seu próprio pronome integrante: me, te, se, nos, vos, se:



Eu me arrependo, tu te arrependes, ele se arrepende, nós nos arrependemos, vós vos arrependeis, eles se arrependem.



Será Objeto Direto ou Objeto Indireto quando complementar verbo transitivo direto ou verbo transitivo indireto, sendo, neste caso, pronome reflexivo, o que indica que o sujeito pratica a ação sobre si mesmo, ou que há dois elementos: um praticando a ação sobre o outro, que pratica a ação sobre o primeiro.



Cada pessoa tem seu próprio pronome reflexivo: me, te, se, nos, vos, se: Eu me cortei, tu te cortaste, ele se cortou, nós nos cortamos, vós vos cortastes, eles se cortaram.



Verbo transitivo direto é aquele que exige um complemento sem preposição: cortar algo; comprar algo; recolher algo. Verbo transitivo indireto é aquele que exige um complemento com preposição: precisar de algo; assistir a algo; crer em alguém.



Será Partícula Expletiva, também chamada de Partícula de Realce, quando acompanhar verbo intransitivo com sujeito claro. Verbo intransitivo é aquele que não necessita de complemento; aquele que sozinho indica a ação do sujeito, como morrer, correr, dormir.



Cada pessoa tem sua própria Partícula Expletiva: me, te, se, nos, vos, se: Eu me morro de ciúmes de Clarice; Ele se foi para Cuba.



Será Partícula Apassivadora quando acompanhar verbo transitivo direto com complemento não preposicionado, que se transformará em sujeito paciente. Se o sujeito estiver no singular, o verbo também ficará; se o sujeito estiver no plural, o verbo também ficará. Somente o pronome "se" será partícula apassivadora:



Alugam-se casas; Compra-se carro batido; Estão-se transferindo os presos.

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Dica de português 1!

"Quando se pretende (ou se pretendem?) avaliar os efeitos..." - Continuação 2Por Dílson Catarino



O pronome "se", então, é partícula apassivadora, e o complemento verbal não preposicionado se transforma em sujeito. Como o sujeito está no plural, o verbo também deverá ficar:



"...devem-se avaliar primeiramente os motivos dessa decisão".


Passando-se a oração para a passiva analítica: Os motivos dessa decisão devem ser avaliados por alguém.



A primeira frase tem de ter análise diferente, já que não forma locução verbal. Cada verbo tem de ser analisado isoladamente:



"Quando se pretende (ou se pretendem?) avaliar os efeitos de uma decisão..."
Primeiro verbo: "pretende";Predicação verbal: pretende algo: verbo transitivo direto;Complemento verbal: pretende o quê? "avaliar os efeitos de sua decisão": complemento não preposicionado.

O pronome "se", então, é partícula apassivadora, e o complemento verbal não preposicionado se transforma em sujeito. Como o sujeito é uma oração, o verbo "pretender" deve ficar no singular. A frase apresentada, então, deve ser assim estruturada:

"Quando se pretende avaliar os efeitos de uma decisão, devem-se avaliar primeiramente os motivos dessa

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Dica de português!

"Quando se pretende (ou se pretendem?) avaliar os efeitos..." - Continuação 1Por Dílson Catarino



Alugam-se casas; Compra-se carro batido; Estão-se transferindo os presos.



Quando o "se" for partícula apassivadora, a oração estará na voz passiva. A maneira mais fácil de saber se há PA é transformando a oração em passiva analítica:



Alugam-se casas = Casas são alugadas por alguém; Compra-se carro batido = Carro batido é comprado por alguém; Estão-se transferindo os presos = Os presos estão sendo transferindo por alguém.



Será Índice de Indeterminação do Sujeito quando acompanhar verbo transitivo indireto com objeto indireto, verbo de ligação com a qualidade do sujeito, verbo transitivo direto com complemento preposicionado ou verbo intransitivo sem sujeito claro. Nesses casos, o verbo ficará sempre na terceira pessoa do singular:



Precisa-se de empregadas; Aqui se é feliz; Ama-se a Deus; Paraná, aqui se trabalha.



Voltemos agora à frase apresentada: Quando se pretende (ou se pretendem?) avaliar os efeitos de uma decisão, deve-se (ou devem-se?) avaliar primeiramente os motivos dessa decisão.



Ambas as estruturas verbais possuem dois verbos: "pretende avaliar" e "deve avaliar". Quando houver dois ou mais verbos, indicando apenas um fato ou somente qualidade do sujeito, há o que chamamos de locução verbal, como ocorreu na frase "Estão-se transferindo os presos". Há dois verbos indicando apenas uma ação - transferir. A locução verbal deve ser analisada como se analisa um verbo isolado. Por exemplo:



"O diretor acompanhou o desenvolvimento dos trabalhos".
-Verbo: "acompanhou";
-Sujeito: Quem acompanhou? Resp.: o diretor;
-Predicação verbal: acompanhou algo: verbo transitivo direto;
-Complemento verbal: acompanhou o quê?: "o desenvolvimento dos trabalhos" = objeto direto.


"O diretor tem acompanhado o desenvolvimento dos trabalhos".
-Locução verbal: "tem acompanhado";
-Sujeito: Quem tem acompanhado? Resp.: o diretor;
-Predicação verbal: tem acompanhado algo: locução verbal transitiva direta;
-Complemento verbal: acompanhado o quê? "o desenvolvimento dos trabalhos = objeto direto.

A primeira estrutura verbal da frase apresentada não forma uma locução, já que há dois verbos indicando dois fatos: "pretender" e "avaliar". A segunda estrutura verbal forma uma locução verbal, já que "dever" não é um fato isolado, tendo, portanto, dois verbos indicando um fato só: o de avaliar.



A segunda frase, então, será assim analisada:



"...deve-se avaliar primeiramente os motivos dessa decisão".
-Locução verbal: deve avaliar;
-Predicação verbal: deve avaliar algo: locução verbal transitiva direta;
-Complemento verbal: deve avaliar o quê? "os motivos dessa decisão": complemento não preposicionado.

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quarta-feira, 13 de julho de 2011

Livramento de Nossa Senhora: Conheça o túmulo do Faraó do Sertão

Em Livramento de Nossa Senhora, no Sudoeste Baiano, Francisco Tanajura, conhecido como o Faraó do Sertão, construiu um túmulo gigante, em forma de castelo, onde quer ser enterrado. Reveja a matéria a reportagem de Judson Almeida Edirlei Pereira, exibida na TV Sudoeste – Rede Bahia / Rede Globo em 2003.


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segunda-feira, 11 de julho de 2011

Dica de português!

Ascensão se escreve com S
Por Thaís Nicoleti



Quem escreve vez ou outra se depara com a dúvida de ortografia: “x” ou “ch”, “s”, “ss” ou “ç” e por aí afora. É claro que os corretores ortográficos são de grande valia nesses momentos, pois eles contêm a lista das grafias consideradas corretas, portanto são capazes de identificar formas erradas (ou inexistentes em sua base de dados) e sugerir a correção.

Ainda assim, não é bom depender totalmente desse expediente. Às vezes, um pouco de atenção às regularidades da escrita ajuda muito. Não seria muito difícil evitar um erro como o seguinte:

“Atividades circenses estão em ascenção”

Vejamos por quê. De modo geral, os verbos terminados em “-nder” dão origem a substantivos terminados em “-nsão”. É esse o caso de “ascensão”, da mesma raiz de “ascender”. Portanto o correto seria dizer que as

Atividades circenses estão em ascensão

São correlatos “pretender” e “pretensão”, “propender e propensão”, “depreender e depreensão”, “reprender e repreensão”, “apreender e apreensão”, “suspender e suspensão”, “compreender e compreensão”, “distender e distensão” e “estender e extensão” (assim mesmo, o verbo com “s” e o substantivo com “x”). Observar isso pode ajudar.

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sexta-feira, 8 de julho de 2011

Dica de português!!!!

Onde e preposições
Por Thaís Nicoleti



Onde, aonde, de onde, para onde, por onde. O que estabelece o uso de cada uma dessas formas é a regência (verbal ou nominal). Em outras palavras, é preciso observar o contexto, as relações entre os termos da oração.


No fragmento abaixo, houve um equívoco no emprego do “onde”:


“Os aviões decolaram da base aérea grega de Sue, na ilha de Creta, para onde "em breve" chegarão novos aviões catarianos.”


A palavra “onde”, que, no período em questão, funciona como pronome relativo, retoma a expressão “na ilha de Creta”. A preposição que antecede o “onde” é regida pelo verbo “chegar”, pois os novos aviões chegarão à ilha de Creta. Ora, se os aviões chegarão a Creta, é a preposição “a” (não “para”) que deve anteceder o “onde”. Assim:


Os aviões decolaram da base aérea grega de Sue, na ilha de Creta, aonde "em breve" chegarão novos aviões catarianos.


Observe-se que a preposição “a” se junta ao “onde”, diferentemente das demais. A preposição “de” pode aglutinar-se ao “onde” (“donde”) ou simplesmente antecedê-lo (“de onde”). Veja alguns exemplos:


Aonde você quer chegar?

De onde/ Donde você vem?

Por onde você vai passar?

Para onde vai este país?

Onde vamos parar?

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Essa tal Liberdade

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quinta-feira, 7 de julho de 2011

Atenção Professores!!!! Chamada Pública - Rede Anísio Teixeira




O Instituto Anísio Teixeira convida profissionais, de diversas áreas, a se inscrever no sistema Educar para poder trabalhar em projetos desenvolvidos pela Rede Anísio Teixeira a partir do segundo semestre de 2011.




GOVERNO DO ESTADO DA BAHIA
SECRETARIA DE EDUCAÇÃO
INSTITUTO ANÍSIO TEIXEIRA


CHAMADA PÚBLICA DE PROFISSIONAIS PARA ATUAÇÃO EM
PROJETOS DA REDE ANÍSIO TEIXEIRA


O Instituto Anísio Teixeira, por meio desta chamada pública, convida profissionais para trabalhar em projetos desenvolvidos pela Rede Anísio Teixeira a partir do segundo semestre de 2011.

1. OBJETIVO
Desenvolver projetos de inovação tecnológica e produção de mídias educacionais realizados pela Rede Anísio Teixeira.

2. ÁREAS CONTEMPLADAS
Os projetos da Rede Anísio Teixeira carecem de profissionais das seguintes áreas:
- Matemática,
- Língua portuguesa,
- Química,
- Biologia,
- Física,
- Roteiro,
- Edição de áudio e vídeo (software livre),
- Flash,
- Webdesign (software livre)

3. REQUISITOS
Os profissionais precisam possuir, no mínimo, a graduação, comprovar formação e experiência em Educação e Tecnologias, e ter disponibilidade de 20 horas semanais para atuar no território de identidade - Salvador.

4. INSCRIÇÕES
Para participar da seleção, os profissionais devem inscrever-se no Sistema de Credenciamento de Profissionais da Educação – Educar através do endereço http://educar.sec.ba.gov.br/educar/.

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Dicas de português!!!!!

Custou para mim ou para eu acreditar?Por Dílson Catarino

Custou para eu acreditar nela.

Apesar de o Word corrigir a frase "Custou para mim acreditar nela" para "Custou para eu acreditar nela", o uso de mim está adequado ao padrão culto da língua. O pronome eu exerce a função sintática de sujeito. Para se descobrir qual o sujeito de um verbo, basta ao aluno perguntar a ele: "Que(m) é que .......?" Por exemplo:


Eu fiz o trabalho ontem.
Pergunta: Quem é que fez o trabalho ontem?
Resposta: eu = sujeito do verbo fazer.

Façamos o mesmo exemplo com a frase apresentada:

Basta para mim ter Teté ao meu lado.
Há dois verbos: bastar e ter. Analisemos o verbo bastar:
Pergunta: Que é que basta?
Resposta: ter Teté ao meu lado = sujeito do verbo bastar.

Observe que o sujeito do verbo bastar é uma oração, pois onde houver verbo haverá uma oração. O sujeito representado por uma oração se chama oração subordinada substantiva subjetiva (OSSS).

Num período, há a chamada ordem direta, que é a colocação do sujeito no início da oração, com o verbo logo após ele. Se a frase apresentada for escrita em ordem direta, ou seja, se a oração subordinada substantiva subjetiva iniciar o período, haverá a seguinte frase: "Ter Teté ao meu lado basta para mim". Percebeu como o adequado é usar mim mesmo?

Para mim basta ter Teté ao meu lado.Ter Teté ao meu lado basta para mim.Para mim, ter Teté ao meu lado basta. [a vírgula é optativa]Basta para mim ter Teté ao meu lado.

Sempre que houver bastar, custar, faltar ou restar e, no mesmo período, houver outro verbo no infinitivo, este não poderá ser flexionado, ou seja, sempre ficará invariável. Veja alguns exemplos:

Basta para os alunos estudar todos os dias.Basta para eles estudar todos os dias.Basta para nós estudar todos os dias.

Isso ocorre porque os alunos, eles e nós não exercem a função de sujeito de estudar, e sim a de complemento do verbo bastar (objeto indireto).

A frase apresentada, portanto, deve ser assim corrigida:

Custou para mim acreditar nela.

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